Há Engenharia no futuro da mobilidade urbana. A Boeing realizou o primeiro voo bem-sucedido do táxi-voador elétrico (PAV - Passenger Air Vehicle). Os testes foram feitos em Manassas, Virginia, nos Estados Unidos. Este táxi-voador, que dispensa condutor para assegurar a navegação do veículo, conseguiu descolar, planar e aterrar com sucesso.
https://www.facebook.com/Boeing/videos/2572973379411968/?t=19
O protótipo, que é meio carro, meio helicóptero, mede 9 metros de comprimento e 8,5 de largura e tem um sistema de propulsão e de hélices “cruzeiro” que se encontram nas costas para voos horizontais, além dos oito rotores para voo vertical.
Para todos que fazem parte do projeto esta é a terceira era da aviação. A primeira era foi a dos aviões propulsores e de “barnstorming”, enquanto que a segunda era foi a dos aviões a jato. A terceira era pode ser composta por máquinas como as da Boeing, que geralmente são chamadas de descolagem e pouso vertical, ou VTOL.
Há um ano, este táxi-voador era ainda um conceito. A conclusão deste teste coloca, por enquanto, a Boeing à frente da concorrência. A fabricante está a trabalhar para empresas como a Uber, que querem apostar no serviço Uber Air para trazer mais soluções para a mobilidade urbana.
Existem no entanto desafios e incógnitas. Qual o ruído que irão provocar? Quantidade de downwash (mudança na direção do ar) originar-se-á com os rotores? Serão estes veículos suficientemente confiáveis? Poderão voar em todos os tipos de clima? Estas e muitas outras questões estão ainda por responder. No entanto, o anúncio de uma viagem de teste bem-sucedida aproxima a fabricante de tornar esta ambição realidade.
Quando estiver concluído e mais desenvolvido, estes veículos poderão transportar passageiros num raio que poderá chegar até 80 quilómetros. Há também planos de desenvolver este tipo de veículos autónomos para o segmento das mercadorias.
Há Engenharia nos “táxis-voadores”. Há Engenharia na inovação. Há Engenharia em tudo o que há.