Perante uma casa cheia Mário Almeida abordou o recente apagão em Portugal, que trouxe para o centro do debate público a fragilidade dos conceitos antes considerados "seguros" sobre a gestão das redes elétricas que, naturalmente, integram as fontes renováveis intermitentes (fontes de energia renovável que não estão disponíveis de forma contínua), mas indispensáveis, de que felizmente dispomos em abundância.
Apresentou potenciais razões para as falhas ocorridas e eventuais soluções para que se possa prevenir e mitigar falhas futuras. Debateu-se a eficácia dos sistemas de redundância (como eletrogeradores e baterias), bem como a gestão das fontes de energia renováveis (hídrica, eólica, solar e biomassa), e a forma como estes deveriam ser objeto de análise e reformulação, com vista à sua utilização correta e útil.
O incidente do "apagão em Portugal" sublinhou a indiscutível necessidade de mais profissionais qualificados em Engenharia da especialidade, bem como de novos conceitos e tecnologias que consigam garantir que os sistemas críticos não voltem a falhar sob nenhuma circunstância. Evitar a vulnerabilidade dos sistemas críticos e aumentar a resiliência do abastecimento é uma das missões mais importantes da Engenharia, sendo a energia o bem fundamental que permite o fornecimento de água, alimentos, comunicações e serviços de saúde dos quais a sociedade não pode ficar privada.


Durante a sessão foi ainda dado a conhecer e a degustar os vinhos Encosta da Cesta, que nascem das vinhas da freguesia de Oleiros, nos campos ermos onde se produz a casta loureiro, alvarinho e vinhão.
Com o passar dos anos e com as mais variadas experiências acumuladas a produção dos vinhos Encosta da Cesta aumentou, existindo agora seis referências de vinhos de destaque no seu catálogo. Hoje em dia, produz mais de um milhão de litros de vinho verde, tendo iniciado a sua atividade em 2003.