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Primeira garrafa 100% compostável é portuguesa

Há Engenharia no projeto pioneiro da Fundação Mirpuri em colaboração com a Fibrenamics - Universidade do Minho que levou ao desenvolvimento de um material para embalagens 100% biodegradável e de degradação rápida.

    O novo material apresentado sob a forma de garrafa de água mineral, em parceria com a Sociedade da Água de Monchique, parceiro industrial, promete abrir caminho a uma profunda transformação na indústria mundial. O grupo de cientistas elaborou um protótipo que se pretende venha a revolucionar a indústria dos bens de consumo: Embalagens 100% biodegradáveis e compostáveis, substituindo assim as opções descartáveis e com longos períodos de decomposição. À Sociedade da Água de Monchique cabe a responsabilidade de contribuir na solução industrial com este material inovador num produto que possa ser disponibilizado em massa ao mercado. Nasce assim a The Good Bottle, um produto composto por uma base polimérica compostável em ambiente doméstico, que na sua composição contém algas, as quais durante a degradação servem de alimento para espécies marinhas. Também a tampa é produzida a partir da mesma composição, por isso contando com as mesmas caraterísticas de biodegradação. A The Good Bottle apresenta uma taxa de biodegradabilidade de 74%, ao final de 45 dias, e em condições de compostagem controlada de acordo com a norma ISO 14855-1:2012, e de 90% até 12 meses, dependendo das condições a que está exposta, de acordo com a norma ISO 13432. Entre as vantagens da The Good Bottle para a conservação dos Oceanos destaca-se os resultados do estudo de avaliação da toxicidade aguda realizado em ambiente marinho deste material, usando peixes-zebra, o qual registou efeitos excelentes em comparação com a registada com polímeros convencionais. Por outro lado, e uma vez que na sua composição a garrafa possui algas, as mesmas podem servir de alimento para espécies marinhas, durante o seu rápido processo de desintegração. A composição de base do material e o seu contacto permanente com a água originam a sua hidrólise, num horizonte temporal curto. O material também é biodegradável em contacto com lixo orgânico. Para João Bessa, Technology Manager da Interface Fibrenamics da Universidade do Minho, mestre em Engenharia Química pela FEUP, este “foi sem dúvida um projeto bastante ambicioso, cujo desafio desde logo nos atraiu pela necessidade emergente de desenvolvimento de novas soluções sustentáveis para o futuro. Não apenas para as pessoas, mas também para a mãe natureza”.   Fonte: Fibrenamics  

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