O Aqueduto das Águas Livres, monumento integrado no património gerido pelo Museu da Água da EPAL, faz parte da lista de 22 bens indicados pela Comissão Nacional da UNESCO a Património Mundial.
Considerado uma obra notável de Engenharia Hidráulica, dotada de uma importância histórica singular na área do abastecimento de água nos séculos XVIII e XIX, o Aqueduto das Águas Livres, construído entre 1731 e 1799, por determinação régia, foi o último aqueduto clássico a ser edificado em todo o Mundo, atingindo cerca de 58 km de extensão.
O monumental sistema de captação e transporte de água atravessa cinco concelhos de Portugal e destaca-se pela extraordinária arcaria do vale de Alcântara, em Lisboa, numa extensão de 941m, composta por 35 arcos, incluindo, entre estes, o maior arco em ogiva, em pedra, do mundo, com 65,29 m de altura e 28,86 m de largura.
Construído entre 1731 e 1799, por determinação régia, o Aqueduto das Águas Livres constituiu um vasto sistema de captação e transporte de água, por via gravítica. Classificado como Monumento Nacional desde 1910 a concretização desta obra implicou o recurso às nascentes de água das Águas Livres integradas na bacia hidrográfica da serra de Sintra, na zona de Belas, a noroeste de Lisboa.
O trajecto escolhido coincidia, em linhas gerais, com o percurso do antigo aqueduto romano. A sua construção só foi possível graças a um imposto denominado Real de Água, lançado sobre bens essenciais como o azeite, o vinho e a carne.
O sistema, que resistiu ao terramoto de 1755, é composto por:
- Um troço principal, de 14 km de extensão, com início na Mãe de Água Velha, em Belas, e final no reservatório da Mãe de Água das Amoreiras, em Lisboa
- Vários troços secundários destinados a transportar a água de cerca de 60 nascentes
- Cinco galerias para abastecimento de cerca de 30 chafarizes da capital