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Há Engenharia nos óculos de proteção individual Looksafety

Ao longo de 2020 houve centenas de engenheiros e empresas que se reinventaram e inovaram com o objetivo de combater a COVID-19. O projeto LookSafety é um desses exemplos.

  Em abril de 2020 a Injex estava fechada, devido ao aparecimento brutal do vírus SARS-CoV-2. Nessa ocasião faltava tudo o que pudesse combater (e até entender) a nova calamidade acabada de chegar. Constataram que havia na Injex e na 4 Valve, parceiros comerciais, tudo o necessário para desenvolver e produzir uns excelentes óculos de proteção individual, um dos produtos mais solicitados pela DGS – projeto, desenvolvimento, construção de moldes, capacidade produtiva e capacidade comercial. Segundo o engenheiro do projeto, a fase de conceção é sempre muito estimulante – transformar a ideia inicial no produto que pretendemos apresentar ao mercado - através de uma novidade na ocasião, as reuniões online. Quais as formas?, quais as cores?, como funcionam as hastes?, como é que as hastes vão segurar-se nas orelhas?, com devem os óculos pousar no nariz?, como lidar com caras redondas?, como lidar com rostos estreitos e angulosos?, como garantir a proteção lateral exigida pela norma?. Pretendíamos uns óculos de proteção que pudessem ser colocados diretamente sobre o rosto - utilizadores com boa visão, que não necessitam de óculos de correção da visão, assim como sobre óculos de correção - pessoas com dificuldades de visão, o que foi cabalmente conseguido. A etapa seguinte - conceção, construção e otimização dos moldes de injeção – foi exigente e trabalhosa. É um processo iterativo de correção do projeto e correção do molde, até se atingir o funcionamento e o aspeto perfeitos do produto. Destaque-se na peça frontal a absoluta transparência conseguida, sem interferências na visão. O projeto LookSafety constitui um grande desafio desde a génese, pois logo constatámos que não existiam empresas a produzir esta categoria de produtos em Portugal. Mesmo na Europa eram bastante escassas, refere o engenheiro. Foi necessário fazer uma pesquisa vasta - até a nível internacional - de vários itens imprescindíveis a um produto de qualidade, fiável, atrativo e vendável. Estamos a falar de certificação de produtos, de matérias-primas, aditivos e outros, que no universo dos fornecedores portugueses não eram conhecidos. Por este motivo, cumpria encontrar empresas credenciadas que nos apoiassem na certificação do produto, não só segundo as normas específicas para a COVID19 (Regulamento 2016/425 e EN166:2001) impostas pela DGS, mas também conforme as restantes normas internacionais – nomeadamente a marcação CE - com vista a uma comercialização bem sucedida a nível europeu e global. Assim, o produto foi concebido e testado para que cumpra outros requisitos diferenciadores que serão divulgados mais tarde. Os óculos de proteção individual Looksafety foram desenvolvidos para serem utilizados pelo sector da saúde e por todas as atividades em que haja necessidade de proteger os colaboradores que trabalham com público. Por esta razão, a certificação de qualidade do produto é fundamental. O produto LookSafety está neste momento a fazer testes laboratoriais para a certificação marca CE. Contamos terminar o processo no início de março, refere. Em paralelo decorreu todo o trabalho de desenvolvimento do site, preparado para a venda online do produto, bem como do conjunto de redes sociais, que ficou agora concluído para o mercado nacional. As vendas nos mercados internacionais iniciar-se-ão assim que recebamos o certificado CE, recorrendo a várias plataformas de promoção, nomeadamente a Amazon. Um outro aspeto diferenciador a referir é a inclusão da marca do cliente: os óculos LookSafety foram pensados para personalização consoante a imagem do cliente.   Consulte outros projetos de Engenharia que combatem a Covid-19 aqui

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