A energia de fontes renováveis marinhas tem vindo a representar uma das rotas mais promissoras no sentido de aumentar o crescente aumento de consumo primário de eletricidade, apoiando o alcance dos objetivos de descarbonização da União Europeia.
Neste contexto, Tiago Ferradosa, Engenheiro Civil e orador desta sessão, fará o estado da arte das energias renováveis marinhas e apresentará alguns dos estudos e projetos mais emblemáticos em que participou, as suas potencialidades e problemáticas, as tecnologias de inovação, bem como os desafios futuros que se colocam nesta área da engenharia.
De facto, a energia renovável marinha é crucial para que se atinjam as metas de redução das emissões de carbono, previstas para 2030, em comparação com os níveis de 1990, e se caminhe para a neutralidade carbónica e para um aumento da resiliência do mix energético. Inclui várias fontes de energia renovável do oceano, com destaque para a energia eólica com recurso às fundações fixas – já estabelecida e em fase comercial e o grupo das tecnologias emergentes, que incluem a energia eólica flutuante, a energia térmica, a energia das ondas, a energia das marés e a energia solar flutuante entre outras. Destacam-se ainda as fases de investigação e desenvolvimento, e que poderão chegar à fase comercial nos próximos dez anos (em particular a energia das ondas e a energia das marés).
Sobre Tiago Ferradosa
É Professor Auxiliar da FEUP e desenvolve a sua atividade no domínio da Engenharia Marítima e Offshore, é membro da Comissão Executiva do Departamento de Engenharia Civil e co-editor editor chefe do Maritime Engineering da Institution of Civil Engineers no Reino Unido. Ao longo da última década tem estado envolvido num conjunto signifi¬cativo de projetos de engenharia eólica offshore, dos quais se destacam os projetos de Le Tréport, Saint Nazaire (França), Fenix Platform (Argentina) e Empire Wind I (EUA). Atualmente é o responsável pela sub-unidade de R&D Offshore Structures and Foundations do Grupo de Energia Marinha e Estruturas Hidráulicas do CIIMAR.