Mário de Almeida, Engenheiro eletrotécnico sénior, vem abordar o recente apagão em Portugal, que trouxe para o centro do debate público a fragilidade dos conceitos antes considerados "seguros" sobre a gestão das redes elétricas que, naturalmente, integram as fontes renováveis intermitentes (fontes de energia renovável que não estão disponíveis de forma contínua), mas indispensáveis, de que felizmente dispomos em abundância.
O orador vem debater a eficácia dos sistemas de redundância (como eletrogeradores e baterias), bem como a gestão das fontes de energia renováveis (hídrica, eólica, solar e biomassa), e a forma como estes devem ser objeto de análise e reformulação, com vista à sua utilização útil e correta.
O incidente do "apagão em Portugal" sublinhou a indiscutível necessidade de mais profissionais qualificados em Engenharia da especialidade, bem como de novos conceitos e tecnologias que consigam garantir que os sistemas críticos não voltem a falhar sob nenhuma circunstância. Evitar a vulnerabilidade dos sistemas críticos e aumentar a resiliência do abastecimento é uma das missões mais importantes da Engenharia, sendo a energia o bem fundamental que permite o fornecimento de água, alimentos, comunicações e serviços de saúde dos quais a sociedade não pode ficar privada.
Sobre o orador Mário de Almeida
É Engenheiro eletrotécnico sénior e mestre em energia e sistemas elétricos pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Foi coordenador do Colégio Regional de Engenharia Eletrotécnica da Ordem dos Engenheiros da Região Norte (2022-2025) e é o atual Coordenador do Grupo de Trabalho de Engenharia Eletrotécnica da Região Norte (2025-2028).