As alterações legislativas no Ensino Superior decorrentes do “Processo de Bolonha” e a admissão de membros à Ordem dos Engenheiros (OE) dominaram o ciclo de debates promovido pelo Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Engenheiros em colaboração com as Regiões e Secções Regionais, que se realizaram em todo o território nacional, durante os meses de Janeiro e Fevereiro, subordinados ao tema “Estratégia para o Enquadramento Profissional”.
A Ordem dos Engenheiros – Região Norte acolheu estas sessões no mês de Janeiro: dia 11 no Auditório Paulo Quintela, em Bragança; dia 12 no Auditório do Museu D. Diogo de Sousa, em Braga; dia 18 no Hotel MiraCorgo, em Vila Real; dia 19 no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em Viana do Castelo; e dia 26 no Auditório da Sede Região Norte, Porto.
Estiveram presentes nas sessões de debate os Vice-Presidentes, Eng.º José Vieira e Eng.º Victor Gonçalves de Brito, o Presidente do Conselho Directivo da Região Norte, Eng.º Fernando de Almeida Santos, e os Delegados Distritais da Região Norte.
O “Processo de Bolonha” e a fundação, em 2007, da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior vieram colocar novos desafios à Ordem dos Engenheiros relacionados com a admissão e qualificação dos Engenheiros, tornando fundamental uma revisão da organização e enquadramento da regulação do exercício da actividade profissional.
Com estes debates, em que os profissionais da Ordem foram auscultados, a Ordem dos Engenheiros procurou encontrar resoluções a tomar no domínio da admissão de membros à Ordem, analisando para o efeito o Quadro de Qualificação Profissional, os desafios colocados à OE e as soluções propostas. O que foi discutido foi se a OE deve manter a exigência de formação superior mínima de licenciatura Pré-Bolonha ou Mestrado Pós-Bolonha (5 anos), ou se devem ser admitidos dois níveis de membros, um para licenciados e outro para mestres.
Nas suas intervenções o Eng.º Victor Gonçalves de Brito destacou a necessidade das medidas que se vierem a adoptar preservarem a qualidade da engenharia praticada no país. O Engenheiro José Vieira afirmou que a OE deve assumir-se como uma associação profissional rigorosa na admissão dos seus membros, com vista a garantir a qualidade no exercício da profissão e assim manter o prestígio que conquistou junto da sociedade portuguesa.
Com mais de 40 mil membros a Ordem dos Engenheiros vai reunir a sua Assembleia de Representantes no final de Março para analisar os debates realizados e procurar uma solução.