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6º Encontro do Conselho das Associações Profissionais de Engenheiros Civis dos Países de Língua Portuguesa e Castelhana

16 de março de 2015 | Geral

Os desafios futuros da Engenharia Civil

Integrado neste 6.º Encontro, teve lugar a 06 de março, a conferência técnico-científica, que debateu os desafios da engenharia Civil, contando com intervenções de especialistas de meios empresariais e académicos.

A sessão de abertura esteve a cargo do bastonário da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde, Victor Coutinho, que realçou a necessidade deste congresso contribuir para o encontro de novas ideias e soluções que satisfaçam as necessidades básicas e melhorem a qualidade de vida das pessoas. “Nós engenheiros civis não pouparemos esforços para potenciar o desenvolvimento”, finalizou.

Também marcou presença o Ministro do Ensino Superior, António Correia e Silva, que destacou a necessidade de Cabo Verde ao nível da ciência, ou seja, no desenvolvimento de cursos de engenharia, na consolidação do corpo docente e na formação de engenheiros criativos, capazes de transformar e criar ideias. “Temos défice de engenheiros e as nossas universidades têm de desenvolver ofertas de pós graduação para lançar bases para a engenharia de inovação. É um grande desafio que tem de ser feito em cooperação coma OE, empresas e estas associações”, afirmou.

Ao longo de todo o dia, os participantes puderam debater os principais problemas, desafios e soluções no que concerne às infraestruturas e desenvolvimento e construção em zonas sísmicas e vulcânicas.


 

O painel dedicado às Infraestruturas e desenvolvimento teve intervenções sobre o sistema portuário cabo verdiano e a sua recente expansão, por Alcídio Lopes, ENAPOR/Porto Praia; e a Disponibilidade Hídrica da Barragem de Poilão, José Teixeira, INIDA.

Estas intervenções destacaram como necessidades para o desenvolvimento de Cabo Verde, uma eficaz política de transportes, com uma aposta na segurança e certificação portuária e modernização dos portos, assim como a construção de infraestruturas para compensar a escassez de água, nomeadamente adotar e implementar um modelo de gestão das barragens.

Neste painel foi ainda abordado o desafio da água, por José Vieira, professor catedrático da universidade do Minho, e as estratégias para a reabilitação, Fernando Branco, professor catedrático do IST/UL.

Na sua apresentação, José Vieira, deu a conhecer alguns dados mundiais como o facto de 884 milhões de pessoas no mundo não terem acesso a água potável segura e 2,6 mil milhões de pessoas sem acesso a saneamento (40% da população Mundial). Nesse sentido apresentou o projeto CERSA - Centro de Referência em Segurança da Água- um projeto ao serviço da saúde pública e do bem-estar da sociedade. É um projeto de forte ligação entre a Universidade, a prática de engenharia e parceiros institucionais e industriais. “ Tem o objetivo de juntar equipas de investigação multidisciplinar para construir e fazer ligação entre a área de saúde e saneamento”, referiu o professor da Universidade do Minho.

O segundo painel foi dedicado à construção em zonas sísmicas e vulcânicas, em que foram abordados os riscos geológicos em ilhas vulcânicas e sísmicas, a segurança em zonas sísmicas, os riscos ambientais na Ilha do Fogo e formas de reduzir o risco vulcânico em Cabo Verde.

A sessão terminou com uma mesa redonda entre os representantes de todas as associações presentes numa abordagem aos desafios futuros da engenharia civil, onde foram analisadas necessidades de investimento, inovação e internacionalização da engenharia. 

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