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“As preocupações ambientais estarão no coração do desenho do pacote de investimento"

10 de junho de 2020 | Engenharia do Ambiente

“As preocupações ambientais estarão no coração do desenho do pacote de investimento”, foi esta uma das conclusões feitas por Pimenta Machado, vice-presidente da APA na conferência organizada pelo Colégio de Engenharia do Ambiente – Norte para assinalar o Dia Mundial do Ambiente, no passado dia 5 de junho.

 

Coube a Joaquim Poças Martins, presidente da Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN) iniciar a conferência e recordou que “as crises são também oportunidades e Portugal irá receber mais fundos monetários do que alguma vez recebeu, logo isto é uma janela de oportunidades (…) para que sejam atingidos alguns dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODSs) que estão neste momento a nortear a política da generalidade dos países do mundo e em particular em Portugal”.

 

Maria João Teles Brochado, Coordenadora do Colégio de Engenharia do Ambiente – Norte, moderou a sessão e afirmou que “este é o momento para atuarmos, e vai ser necessário reinventar vários sectores e levantar a economia. Há oportunidades no pós covid-19 para a Engenharia e o Ambiente sobretudo no que diz respeito ao processo de aceleração da descarbonização”.

 

Durante a conferência foram abordados vários temas por Pimenta Machado, como a neutralidade carbónica, a água, os resíduos, a energia.

 

 

 

 

 

O que Pimenta Machado disse...

 

Incentivos para impulsionar uma economia neutra em carbono

É verdade que vamos ouvindo que haverá um apoio financeiro de grande dimensão, ímpar, que ajudará a relançar a economia. Quero acreditar que as preocupações ambientais estarão no coração do desenho deste pacote de investimento. Há vários desafios que temos todos pela frente, desde logo a mobilidade e o objetivo do país de em 2050 sermos um país neutro em carbono e isso implica a mobilidade elétrica, os transportes, energia (tração energética).

 

"Quero acreditar que as preocupações ambientais

estarão no coração do desenho deste pacote de investimento"

 

Em Portugal 55% da energia elétrica provém de energias renováveis e em 2030 esse valor será de 85%, portanto temos aqui um grande desafio pela frente, quer do ponto da energia, que do ponto de vista da mobilidade. No entanto, a pandemia lançou-nos novos desafios, como os novos resíduos e, esperamos que as novas tecnologias nos ajudem e também que os engenheiros do Ambiente estejam à altura, inovando e encontrado novas tecnologias para encontrar uma resposta.

 

"A pandemia lançou-nos vários novos desafios (...)

e esperamos que os engenheiros do Ambiente estejam à altura"

 

Economia circular em Portugal

Quando falamos de economia circular há uma palavra fundamental “Colaboração”. Colaboração de todos nós, da ciência, da tecnologia. Numa empresa um material pode ser um resíduo e na empresa ao lado ser uma matéria prima, e, esta interação é fundamental e esta transformação digital poderá ter um papel fundamental. A indústria tem muitas velocidades, alguns setores da indústria estão mais à frente enquanto outros estão mais atrasados, mas no que diz respeito aos incentivos monetários para a aceleração da economia circular, terá muito a ver com a reciclagem, reutilização.

 

"Quando falamos de economia circular há uma palavra fundamental: colaboração"

 

Por exemplo em Portugal há alguns anos não se reutilizava as águas residuais, este ano a APA definiu um valor de reutilização de 20% até 2030, um valor ambicioso.

 

 

Convenção de Albufeira

Portugal depende de Espanha, no que diz respeito às disponibilidades dos recursos hídricos, em cerca de 50%. A Convenção de Albufeira regula os caudais, que foi desenhada há 20 anos, numa altura em que realidade climática, o regime de precipitação, disponibilidade de água, era completamente diferente do que é atualmente. Mas esta convenção na altura foi muito bem feita, muito bem pensada. O que temos de fazer neste momento é melhorá-la, nomeadamente no que diz respeito ao regime de caudais.  Neste momento estamos a fazer algo que nunca foi feito, que é o Plano de Gestão da Seca, que visa preparar o país para as secas que serão cada vez mais frequentes”.

 

 

Veja a conferência completa aqui

 

 

 

No final da conferência foi ainda anunciado o vencedor do Going Green Engineering Challenge, o desafio lançado para encontrar soluções para problemas ambientais, que fossem simultaneamente economicamente sustentáveis.

 

Fernando Maia levou para casa um prémio de 500 euros com um pitch onde apresentou um projeto de recolha de resíduos.

 

Veja o pitch aqui

 

 

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