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[Com vídeo] Joel Cleto e os caminhos da história das pandemias

12 de junho de 2020 | Geral

Uma história nova ou uma história repetida? Chegamos ao ponto das conferências “Há Engenharia fora da caixa" em que o convidado, Joel Cleto, nos conduz pela parte mais histórica das pandemias. 

 

 

Poças Martins, presidente da OERN, destacou  na sua intervenção inicial que Joel Cleto traz “mais uma perspetiva diferente sobre o momento que estamos a passar, mas desta vez de uma forma especialmente importante pois irá dar-nos a visão da história.” E lembrou que “a história permite-nos ter uma visão da realidade do presente e do futuro muito mais profunda, mais informada” . Tito Conrado, membro do Conselho Diretivo da OERN e moderador desta conferência referiu que “o tema das pandemias conduz-nos a curiosidades e perplexidades.” Até porque e concluiu “As pandemias não são de agora, já foram muitas ao longo dos séculos e tiveram muitos reflexos no mundo, tendo muitos impactos na vida social, política, económica, entre outros.”

 

 

 

 

O que Joel Cleto disse…

 Infelizmente, nestes últimos meses todos nós acompanhamos a questão do vírus da Covid-19, de uma forma consciente, preocupada. Temos dito que as coisas não voltarão a ser o que eram, temos vivido de uma forma mais ou menos intensa, mas todos nós, penso que temos consciência de que estamos a viver tempos históricos.

 

Ao longo da nossa vida há alguns momentos que serão marcantes, aqueles que temos a certeza, de que de algum modo, contribuíram para alterar o rumo dos acontecimentos. E este é um desses momentos.

 

“Ao longo da história as pestes são algo “banal.”

 

No entanto ao longo da história as pestes são algo “banal”, claro que não temos consciência porque elas são espaçadas no tempo e por isso nós podemos passar toda uma vida sem nos confrontarmos com ela. Mas no espaço de uma ou duas gerações as pandemias aparecem. Por exemplo a propósito desta pandemia muito se tem falado nas anteriores, como por exemplo a “Gripe Espanhola” de há 100 anos.

 

“Não raras vezes estas pestes foram também momentos

em que o Homem olhou de forma diferente

para o seu presente e para o seu futuro”

 

Mas ao longo da história temos muitos outros episódios pandémicos que assolaram a humanidade e que deixaram uma pegada, obviamente negativa, mas não raras vezes estas pestes foram também momentos em que o Homem olhou de forma diferente para o seu presente e para o seu futuro e, estas pestes acabaram por ter repercussões, por vezes, positivas no desenrolar dos acontecimentos.

 

 

Reveja Joel Cleto a traçar-nos os percursos pandémicos da história.

 

 

 

Como podem ver as pestes sempre fizeram parte da história do Homem, felizmente são muito espaçadas e, por isso, quando as vivemos (como é o nosso caso neste momento) temos a consciência que são coisas, à escala humana/individual, excecionais, marcantes e históricas, porque trazem sempre consequências negativas, mas também, não raras vezes despontando novas inovações, novos equipamentos, novas oportunidades sociais e económicas.

 

 

Sobre o papel dos Engenheiros no combate às pandemias

Os engenheiros têm tido um papel importantíssimo no combate às pestes, seja nessa questão mais sanitária, e nomeadamente no controlo, desde os finais do século XIX, do abastecimento da água ao domicílio e do tratamento das mananciais da água.

 

“Os engenheiros têm um papel importantíssimo

ao longo da história no combate às pestes e às pandemias

 

O papel que têm na implementação da rede de abastecimento e também dos esgotos, o papel importantíssimo que tiveram, também, no travar da proliferação, formas de contágio através dos esgotos a céu aberto. Mas os engenheiros têm um papel importantíssimo ao longo da história no combate às pestes e às pandemias, por exemplo, na construção de unidades hospitalares, muito bem pensados, o papel da engenharia militar. Os engenheiros têm sempre um papel muito relevante.

 

 

Sobre as os “bodes-expiatórios” das pestes….

 Ao longo da história, infelizmente, associado a estes vírus e a estas epidemias, surge sempre um vírus terrível, e ainda mais mortífero do que estas doenças, e esse é um vírus completamente humano, que é o vírus da intolerância, da xenofobia e do racismo. Hoje parece que se quer encontrar novos culpados. Esse é um problema que infelizmente, anda sempre associado aos momentos de peste, é o querer encontrar e há sempre alguns grupos sociais e éticos que acabam por ser culpabilizados, enfim. Esse é um vírus que nós também temos e vamos seguramente saber, extirpar.

 

Sobre a rápida propagação da covid-19

É óbvio que neste mundo globalizado em que nos encontramos e com todos os meios de transporte e comunicação, a covid-19 propagou-se muito mais rapidamente. Mas tem uma vantagem, muito mais rapidamente, vamos desenvolvendo as respostas globais para todos. 

 

A pandemia vai ficar para a história?

Não sei se a Covid-19 não marca definitivamente uma afirmação da China como uma nova potência mundial. Mas não sei, estamos muito em cima do acontecimento para poder extrapolar isso.

 

 

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Edição e texto: Catarina Soutinho | Transcrição: Sofia Vieira e Inês Miranda | Design Gráfico: Melissa Costa

 

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