O papel da Ordem na definição da qualidade dos projetos
Sob o teto do tema “A Qualidade e Responsabilidade nos Projetos”, António Adão da Fonseca veio à sede da OERN desafiar a Ordem a produzir um documento interno que determine, em jeito de sugestão, os critérios de qualidade de um projeto, assim como de honorários e de valorização de orçamentos.
Reconhecido pela conceção de projetos como a Casa da Música, os edifícios da Expo’98, ou a Ponte do Infante, Adão da Fonseca sublinhou e entrelaçou os dois grandes conceitos essenciais na elaboração de um projeto de Engenharia.
Para o projetista, “a responsabilidade é obrigatória, enquanto a qualidade é uma questão de ética, uma opção de inteligência”, pela qual a Ordem deve lutar. “É a partir da qualidade que há o reconhecimento e, eventualmente, melhores honorários”, afirma.
Ainda que a Ordem dos Engenheiros não tenha competência para a definição de honorários, Adão da Fonseca não descarta a necessidade da criação de um documento interno que defina o conceito de projeto e, ao mesmo tempo, proponha critérios de qualidade, de honorários e de valorização de orçamentos.
“Não é pela via legislativa que se devem reconhecer as competências. É dever da Ordem promover a qualidade, não o prestígio”, afirma o projetista, que acredita que este documento possa servir como “recomendação ao Estado”.