Devemos questionar se o modelo de certificação energética e a estratégia que adotamos ou que nos foi imposta é a mais adequada
Professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e diretor do Laboratório de Física das Construções, Vasco Freitas coloca várias questões quanto ao isolamento das casas portuguesas e vem debatê-las à sede da OERN.
“A questão que se coloca é a de saber qual a influência dos salários, do custo da energia, da amenidade do nosso clima e dos hábitos culturais nas condições de temperatura que os nossos edifícios apresentam em condições correntes de utilização”, afirma. “Por outro lado, sem por em causa a necessidade de isolar a envolvente opaca e transparente (coberturas, fachadas, pavimentos, envidraçados), devemos questionar se o modelo de certificação energética e a estratégia que adotamos ou que nos foi imposta é a mais adequada”.
O professor adianta o debate com a certeza de que “devemos isolar o justo necessário sempre atendendo à nossa realidade económica, climática e cultural”.
A sessão “Até onde devemos isolar as nossas casas?” acontece esta quinta-feira, 30 de março, às 18h30, na sede da OERN.
Entrada Livre